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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Acusados de matar policial peruano vão a júri popular em Manaus.

A Justiça Federal do Amazonas começou a julgar, nesta terça-feira (29), três narcotraficantes acusados de assassinar a tiros o policial federal peruano Edgar Fernando Chang Montesino, o ‘Roni’ e o comerciante Máximo Cabrera Medina.

O duplo homicídio ocorreu em 22 de abri de 2008, em Tabatinga, a 1.105 quilômetros de Manaus. Os réus são Jorge Moçambite da Silva, Jaime Machuca Grandes e Lucicláudio Souza Silva, o ‘Bad Boy’, que estão presos em Manaus há três anos.

A sessão do Tribunal do Júri é presidida pelo juiz substituto da 2ª Vara Federal, Márcio André Lopes Cavalcante. Quem atua na acusação dos réus são os procuradores da República Isac Barcelos Pereira de Souza e Silvio Pettengill Neto.

O júri tem previsão de se estender até a sexta-feira (2), devido à grande quantidade de testemunhas que serão ouvidas no auditório da Justiça Federal, no Aleixo, Zona Centro, ou na seção judiciária de Tabatinga, por meio de videoconferência.

O MPF denunciou como mandante do duplo homicídio, o narcotraficante peruano, Jair Ardela Michhue, o ‘Javier’, preso este ano pela Polícia Federal, pelo assassinato de dois agentes federais ocorrido no final do ano passado.

‘Javier’ também é apontado como chefe de organização criminosa de narcotraficantes que atua junto à tríplice fronteira (Brasil-Colômbia- Peru). Apesar de ter sido denunciado pelo crime, ele teve o processo criminal desmembrado, por isso, ele só deve ser julgado no ano que vem.

'Javier', Jaime, Moçambite e Lucicláudio foram denunciados pelo crime de homicídio qualificado, previsto no artigo 121, §2º, I, III, IV e V do Código Penal.

O policial peruano ‘Roni’, realizava trabalho conjunto com a Polícia Federal do Amazonas, visando desarticular a organização criminosa, chefiada pelos narcotraficantes internacionais Isauro Antônio Porras dos Santos, o ‘Gallero’, de nacionalidade colombiana, e ‘Javier’.

Em represália à ação investigativa do policial, ‘Javier’ determinou a execução do agente no Brasil. Edgar foi morto com treze tiros de pistola, calibre 9mm, após deixar a sede da PF em Tabatinga e se dirigir a uma agência de viagens para adquirir passagens e retornar à cidade peruana de Iquitos, no dia 22 de abril de 2008. Na ocasião, o proprietário da agência de viagens, que conversava com o policial, Máximo Cabrera, também foi executado.

A Polícia identificou e conseguir prender quatro meses depois o grupo criminoso acusado do duplo homicídio.

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